Triste fim da Lava-Jato Suelen Aires Gonçalves
Socióloga e professora universitáriastyle="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">
A derrota da "Operação Lava-Jato" anunciada pelo STF na ultima terça (09) é o tema da coluna "Plural" da semana. A vitória jurídica do Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda turma do Superior Tribunal Federal, no julgamento sobre trocas de mensagens entre as autoridades da Operação Lava-Jato , que compromete a lisura do devido processo legal. Para os leitores e leitoras mais atentas (os) a conjuntura, busco elencar temas discutidos na semana em cada coluna. A derrota foi destaque nos principais meios de comunicação nacionais, como o Estadão e a Folha de SP. Porém, tais veículos não apresentaram com nitidez os votos e posicionamentos dos ministros do STF sobre o julgamento. Em síntese, para relembrar os leitores.
COMO FOI
A operação "Lava-Jato" foi uma iniciativa de combate a corrupção e lavagem de dinheiro iniciada em 2014. Tinha por objetivo a investigação e responsabilização para com os crimes contra o patrimônio público e avançou em outras frentes em órgãos federais. Em um momento, houveram investigações de organizações criminosas e de operadores do mercado de câmbio. A iniciativa teve uma grande repercussão na imprensa e nos veículos de comunicação. Houveram ações envolvendo empreiteiras que praticavam esquemas de "cartel" para benefício de alguns. Operadores financeiros, como o exemplo dos doleiros, que operacionalizam as transações financeiras provenientes dos crimes. E agentes políticos, como uma das linhas de investigação. Pessoas que integravam ou eram representantes de partidos políticos. Tal setor teve ações de improbidade administrativa, nas áreas cível e criminal pela operação.
E nesta linha houve, nitidamente, uma "seleção" de que atores seriam atingidos, mesmo sem provas concretas sob sua conduta. Eis o caso do ex-presidente da República, Lula. Julgado pela Lava-Jato, por uma suposta compra de um imóvel no Guarujá e uma reforma em um sítio em Atibaia, ambos no estado de São Paulo. As provas sobre tais patrimônios foram forjadas pelos então juízes da Lava Jato. Estamos diante de um contexto, onde a inocência de Lula está vindo à tona e a operação está perdendo sua credibilidade pelas ações praticadas pelos operadores de direito como, por exemplo, Sérgio Moro. Que de Juiz tornou-se Ministro da Justiça como prêmio pela construção e julgamento, sem provas, do presidenciável que estava na frente das pesquisas para as eleições de 2020. Temos uma pseudo elite que, pela manutenção do seu poder, quebra, inclusive, os direitos garantidos pelo Estado Democrático de Direito. Para encerrar o texto, utilizo as palavras do Ministro do STF, Fachin durante a sessão do STF: "há sintomas de corrupção da democracia no país" e precisamos enfrentá-los com seriedade e compromisso com a nação".
BBB 21 Silvana Maldaner
Editora de revistastyle="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">Faz da tua casa o teu templo, aprende a rezar, meditar, agradecer e se conectar com Deus. Muito se tem falado do programa da Rede Globo, o Big Brother Brasil, que já completou 21 anos, faturando bastante dinheiro, confinando pessoas num experimento social.
Evidente que o objetivo do programa é promover discórdia, intriga, romances e outras polemicas, pois quanto mais falado, mais se fatura. Mesmo que isso signifique destruir pessoas. O programa se torna interessante para a grande maioria do público, quando tem atrito, pressão e fofoca. Pessoas dormindo, paz, amor e alegria, não dão ibope.
VALE TUDO PELA AUDIÊNCIA
Tortura psicológica e moral são especialidade dos programas da Globo. Eles são mestres em exaurir pessoas, assuntos, dividir em guetos, segmentar, segregar e manipular.
É um verdadeiro show de horrores. Assisti um dia. Consegui ficar irritada por uns quantos outros dias. As participantes Karol Conka e Lumena, tem representado muito do que vivenciamos na prática, aqui no mundo real, sem a vigília das câmeras 24 horas e sem a análise do discurso, versus prática. Elas são o exemplo de pessoas que se apropriam de causas importantes, são as embaixadoras, as que dão visibilidade, mídia, voz para falar das injustiças sociais, mas no entanto, na prática, são as maiores opressoras, agressivas, arrogantes, abusadoras e pior, discriminam e dividem ainda mais.
O que fizeram com o menino Lucas, foi um crime. Se fosse um branco que tivesse torturado, isolado, humilhado, debochado, desconstruído e negado qualquer tipo de reparação ou desculpas, já teriam incendiado a casa do participante, o programa já teria expulso e teria uma comoção nacional pela pratica abusiva, racista e homofóbica. Mas como partiu da famosinha Karol, avalizada por mais outros negros, então não é racismo. Não é homofobia.
Sei lá, é só um programa idiota, que não acrescenta nada. Pode ser teatro, pode ser encenação. Mas não há dinheiro que pague tamanha crueldade e soberba. Talvez a sociedade veja a realidade, principalmente das pessoas que ocupam liderança na defesa do respeito, mas que elas próprias não respeitam ninguém. O comportamento manipulador e vitimista tem mostrado para o Brasil inteiro que o caráter não tem cor, não tem sexo.
Muitas vezes, usam da tragédia para ter o salvador, o que luta, o que se diz injustiçado, perseguido ou usado. Perdão aos que gostam deste programa. Para mim, me causou revolta.
Amor, empatia, respeito e caráter não tem cor e não tem sexo.